Artigo

Recomendação para a Quantificação pelo Ultrassom da Doença Aterosclerótica das Artérias Carótidas e Vertebrais: Grupo de Trabalho do Departamento de Imagem Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia – DIC – SBC

Autor(es): Cláudia Maria Vilas Freire, Monica Luiza de Alcantara, Simone Nascimento dos Santos, Salomon Israel do Amaral, Orlando Veloso, Carmen Lucia Lascasas Porto, Márcio Vinícius Lins Barros, Ana Cristina Lopes Albricker, Ana Cláudia Gomes Pereira Petisco, Fanilda Souto Barros, José Aldo Ribeiro Teodoro, Armando Luiz Cantisano, José Carlos Moreira, Arnaldo Rabischoffsky

Introdução

A doença carotídea vem recebendo grande atenção por parte de diversas sociedades internacionais de radiologia, cirurgia vascular e cardiologia em razão do grande interesse no diagnóstico e tratamento da doença aterosclerótica.

O sistema carotídeo e vertebral extracraniano é facilmente avaliado pela ultrassonografia vascular tornando-a, assim, em várias instituições, o método de escolha para diagnóstico e decisão terapêutica. Diversas classificações com critérios variados para a quantificação das estenoses culminaram em algumas publicações sob a forma de consensos ou recomendações, a destacar o Consenso da Sociedade Norte-Americana de Radiologia datado de 20031 e revisitado por AbuRahma em 20112, a recomendação do Reino Unido de 20093 e, mais recentemente, a recomendação da Sociedade Espanhola de Neurologia de 20134.

No Brasil, os médicos que realizam esse exame vêm utilizando esses consensos para quantificar as estenoses carotídeas. Ao longo dos últimos anos procurou-se validar as recomendações na prática diária. Algumas questões permanecem em aberto ou apresentam opiniões conflitantes, gerando dúvidas entre aqueles que realizam o método. Soma-se a isso a diferença cultural entre a comunidade médica brasileira e a de outros países. No nosso caso, há uma valorização da gradação das estenoses em intervalos percentuais menores para todos os graus de estenose, incluindo aqueles inferiores a 50%. Não raro, exige-se a informação acerca da espessura mediointimal como marcador de risco para doença cardiovascular. Por fim, o crescente número de solicitações de estudo das artérias vertebrais torna a avaliação ainda mais complexa.

O objetivo do grupo de trabalho é estabelecer uma recomendação abrangente, que aborde os variados aspectos: anatômicos, técnicos e critérios diagnósticos para a quantificação da doença aterosclerótica das carótidas e vertebrais pela ultrassonografia vascular.

O grande desafio desta recomendação consistiu em selecionar e adequar parâmetros obtidos com a ultrassonografia aos dos demais métodos de imagem diagnóstica, gerando dessa forma resultados de fácil entendimento e correlacionáveis.

Para tal, optamos por uma abordagem multiparamétrica a partir de dados compilados da literatura mundial. Isso nos possibilitou diminuir o intervalo de gradação das estenoses para decis, adaptando-o à realidade cultural brasileira.

Palavras-chave: Doenças das Artérias Carótidas; Aterosclerose; Estenose das Carótidas; Ultrassonografia de Intervenção.

 

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DIC
28/04/2015

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